terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

divina comédia romantica.

A vida não é como nos filmes, rs Se eu fosse fazer um filme sobre romance, ele ia começar no final de uma comédia romântica tipica... (aquela q o cara conhece a menina, ai eles acham q nao vao se apaixonar ai se apaixonam, ai ficam, ai ficam confusos ai brigam, ai no final é tudo um mal entendido e eles se beijam ai toca aquela musica animada né e tal) então, meu filme ia começar aí, no beijo e na musica. Aí eu ia começar a contar a vida real, rs porque no inicio, no primeiro beijo, parece até que toca musica mesmo né, no inicio do relacionamento td é festa td é grude... Manter, o depois que é dificil, e hollywood e a televisão não nos educaram pra isso né gente, a gente acha que vai achar a pessoa e pronto ... eu acho sinceramente que meu filme não ia vender muito. boa noite p tds os desiludidos... observem seth e summer, um dos meus beijos preferidos da televisão beijo p vcs tb

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

meu longa metragem ...

"Eu levo a vida como se fosse um filme, atuo da melhor forma possível, se for necessário repetir a cena, repito, sempre tentando melhorar, o personagem é sempre o mesmo, mas ele evolui, regride as vezes, mas o filme não para de rodar. Algumas cenas a gente exclui, e tem aquelas que a gente bota no trailer! Meu filme é bem tarantinesco, daqueles que nem sempre o bem e o mal estão definidos, tipo preto e branco, as vezes a gente fica no cinza. Mas nunca fui muito chegado a heróis clássicos mesmo... De qualquer forma, vivo pra que quando o Diretor gritar CORTA, alguns de vocês vão desabar em lágrimas, outros vão ficar alguns minutos na cadeira do cinema refletindo, e outros... outros vão levantar e APLAUDIR." - João Vinícius

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

BARRIGA É BARRIGA... Arnaldo Jabour

Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais. Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anísio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegou à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna: A tartaruga com toda aquela lerdeza, vive 300 anos. Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos? Gostaria de contribuir com outro exemplo, o de Dorival Caymmi. O letrista compositor e intérprete baiano era conhecido como pai da preguiça. Passava 4/5 do dia deitado numa rede, bebendo, fumando e mastigando. Autêntico marcha-lenta, levava 10 segundos para percorrer um espaço de três metros. Pois mesmo assim e sem jamais ter feito exercício físico viveu 90 anos Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde.. E viva o sedentarismo ocioso!!! Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo. Você terá toda a eternidade para ser só osso!!!
Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!! Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!!! O elefante só come verduras e é GORDOOOOOOOOO!!! VIVA A BATATA FRITA E O CHOPP!!! Você, menina bonita, tem pneus? Lógico, todo avião tem!
E nunca se esqueçam: 'Se caminhar fosse saudável, o carteiro seria imortal.´ E lembrem-se sempre: Celulite quer dizer : EU SOU GOSTOSA! Em braile!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

LIBERDADE



O estado do Rio de Janeiro é uma coisa engraçada.

Primeiro eu queria dizer, que não sou a favor de crime, drogas, nem nenhum tipo de apologia, Mas prender os caras é sacanagem. Liberdade de expressão!

O estado abandona um lugar por 30 anos, o tráfico toma. Um garoto nasce e cresce vendo que o unico poder publico que vem dentro da favela é a policia, não tem luz, não tem saneamento, só porrada, eles não vem pra ajudar. Vem pra matar, pegar o arrego, prender gente. Aí esse garoto, cresce com os amigos, que vão virando aviãozinho, fogueteiro, radinho, porque? Porque eles veem o cara mais respeitado, o cara que tem tudo na favela; mulher; dinheiro, moto, respeito... é o traficante; enquanto o pai e a mãe trabalham o ano todo pra poder comprar uma televisão. Pensa comigo, mas aí esse garoto, percebe, que ele tem um talento, em vez de empunhar pistola, ele escolhe o microfone, ele tem o dom de rimar, meus amigos, vocês acham que ele vai cantar sobre o que? Não estou falando que essa seja a historia de algum dos mcs que foram presos, talvez seja, talvez não.
Aí vem o estado, e fala "cara, aquele cara tá cantando sobre o tráfico, sobre drogas, vamos prender ele, isso não pode!" tá mas a culpa é dele de ter tráfico? Não. A culpa é do ESTADO.

Então é aquilo, eles fazem a merda, mas se vc cantar sobre a merda que o estado fez, você vai preso.

Isso é justo? O caminho não é prender, até porque isso só vai aumentar a popularidade deles, o caminho é o que está sendo feito, agora a proxima criança que nascer no complexo do alemão, vai ver fuzil sim. Mas vai ver na mão do Policial, não do traficante, e quem sabe, ele vai crescer e vai ver os amigos se tornando policiais, bombeiros, para-médicos, e se ele tiver talento pra cantar, a gente pode ter uma nova safra de mcs no futuro, que cantam funk, mas falando sobre outras coisas. Enfim, só queria deixar claro minha opinião.

"Mas e ai o nosso pais é engraçado demais,
Político soca dinheiro na meia, ainda me pede tratado de paz?"
- Mag

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rio Sampa, Paris Hilton e muito fogo.

É, Rio de janeiro tá ficando complicado.
Como me disse meu amigo Tremmel, queima total de veículos, aproveite!
Mas isso será tópico de outro post.

Sábado, aquele sábado que não se tem nada pra fazer, a não ser um lual (na chuva) os amigos decidem ir para a Rio Sampa.
Na moral, vocês sabem aquele amigo que você tem que em qualquer situação possível, o desgraçado só pensa em dar em cima de mulher?
Esse meu amigo é o Vladimir, quem conhece sabe.
Enfim os taxistas da Rio Sampa, não sabem dirigir, o taxi que levou as meninas bateu em um arranjo de plantas saindo com o carro, os amigos um tanto quanto alcoolizados queriam levar até um pedaço gigante do jarro pra casa, mas acho que esquecemos lá.
Na dutra, um taxista me bate na traseira do carro do amigo Neubi.
Todo mundo tenso, desenrolando a batida... quando a gente olha pro lado, onde está Vlad? Dando em cima da mulher do cara que tava no taxi... agora você ve! e o Kelvin? dormindo.

Enfim, nesse dia chegamos em casa com uma Paris Hilton de papelão, não me pergunte como.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cerveja, Boneco de Olinda, Senhor misterioso e um Triângulo.

Na madrugada de domingo para segunda, por volta das 3 da manhã;

Estava bebendo com alguns amigos em um bar perto de minha residência quando de repente, uma pick-up com três senhores estaciona ao nosso lado, ao olhar para caçamba da pick-up nos surpreendemos com um boneco de olinda, muito grande. Quando você está alcoolizado, aparentemente, bonecos de olinda se tornam muito engraçados, e nisso já começamos a rir.
Enfim, os três senhores, dois negros e um branco, sairam da pick-up e começaram a falar conosco, do nada:

senhor1 - Rapaz, nós tamo vino do acari, mermão, de um pagode... tamo descendo o morro os cara pergunta se pode colocar um boneco na caçamba, porra mermão eu falei "pode bota essa porra aí" , aí tá bom.. a gente tá indo embora paramos em uma blitz policial, os policia manda nós desce, e falando "o senhor não sabe que não pode transportar passageiro na caçamba?!" e eu respondi "mas seu guarda, que passageiro aquilo é um boneco"... aí o policia falou, "tá mas e aquele cara alí?" mermããão tinha um cara (o terceiro senhor, de pele branca) tinha um cara na caçamba a gente não sabiaa!! porra pediram pra botar um boneco e subiram dois ! o policia riu tanto que deixou a gente ir embora...

eu - Mas vocês não conheciam ele? ele tava fazendo o que lá?

senhor2 - a gente não sabe ele não explicou nada...

Enquanto esse dialogo se desenrolava, o senhor misterioso, comprou um guaravita, pegou o boneco de olinda jogou nas costas, e ainda por cima tirou da caçamba uma calça e um casaco dele que estavam guardados, e foi embora andando, sem dar nenhuma explicação...

Vai saber, cheguei em casa 6 horas com um triangulo, daqueles quando carro quebra, você coloca, que eu não lembro onde arrumei, não é meu. Acho que na madrugada estamos propícios a kevar pra casa coisas avulsas, e um boneco de olinda seria realmente muito engraçado! mas um velho desconhecido acho que já passa dos limites! kkkkk A gente ve cada coisa na noite ... vo te contar.

domingo, 24 de outubro de 2010

A Razão do Voto e o Voto da Razão ( os gráficos não estão presentes )

Preocupado com a falta de racionalidade que impera nos tempos atuais, resolvi escrever um texto que, de alguma maneira, tocasse fundo nesta questão. Por isso, nas próximas linhas, falarei sobre a razão. Serei radical, isto é, no sentido semântico da palavra radical, pois irei à sua raiz – na raiz das expressões razão e racionalidade. Para tanto, peguei um tema atual como exemplo: as eleições para presidente da república. E para começar, faço a seguinte afirmação: nesta eleição está em disputa duas ideias de como administrar o Brasil:
1ª - Queremos o Estado organizando a economia para se alcançar um grau satisfatório de desenvolvimento sócio-econômico (como pensam os socialistas, a esquerda em geral e os keynesianos)?
(Ou)
2ª - Queremos que o Estado saia do controle das ações sócio-econômica e deixe o mercado neste controle, deixando também a sociedade (principalmente os mais pobres) ao sabor das oscilações desta entidade – o mercado –, como pensam os liberais e os neoliberais, ou seja, a direita, os conservadores e a maioria dos capitalistas?
Nos dois mandatos de Fernando Henrique (PSDB), algumas privatizações aconteceram (Vale do Rio, CSN etc. ) e, ao final, o índice de desemprego tinha crescido, como demonstra o gráfico abaixo, que formulei a partir de dados do IBGE para uma monografia que estou escrevendo sobre o governo FHC e “O Consenso de Washington” (em resumo, uma espécie de “receituário” neoliberal para a América Latina):

É do meu conhecimento, que nos seus dois mandatos, o governo de Fernando Henrique teve que enfrentar importantes crises econômicas e financeiras de âmbito internacional: a do México (1994-95), a da Ásia (1997-98), a da Rússia (1998), e da Argentina (entre 1999-2002); no entanto, o pífio desempenho de nossa economia, no que diz respeito aos seus postos de trabalho, comprova a ineficiência da política econômica deste governo no enfrentamento das intempéries do cenário econômico internacional. Portanto, repetindo, estas crises corroboram com meu raciocínio, pois a política econômica adotada por Fernando Henrique foi equivocada, já que não conseguiu fazer frente aos desafios da economia global.
Já o governo do PT, com outra postura ideológica, gerou, no mínimo, mais obras públicas com o PAC, entre outras medidas, mas políticas sociais e um freio nas privatizações, aumentando, assim, a taxa de emprego e de consumo. E o mais sintomático é o fato do Brasil ter sido um dos poucos países a ter resistido muito bem à crise econômica e financeira mundial de 2008 (com início nos EUA), mostrando que estamos no caminho certo.
Esta é a escolha: PT / desenvolvimento / emprego / consumo; ou, ao contrário, PSDB-DEM / neoliberelalismo / privatização da Petrobrás / desemprego.
Não defendo aqui Lula ou Dilma; é uma postura política presente no PT, porque somos de esquerda. E particularmente, também não estou defendendo uma espécie de “lulismo”, e sim uma ideia: desenvolver o Brasil, com crescimento econômico acompanhado de benefícios sociais para os mais pobres. Não defendo, moralmente, uma fidelidade ao PT, como quem torce por um clube de futebol (não sou “petista”, sou socialista); defendo, sim, uma lealdade ética a um ideal: uma sociedade mais justa.
Hoje, o PT, com todos os seus problemas, é o partido que reúne as melhores condições de concretizar tal ideal. Dos partidos de esquerda, que compartilham a ideia de um Brasil melhor, que estou defendendo neste texto, o PT é o que está mais próximo do poder político institucional; se fosse o PSOL, por exemplo, seria o PSOL; ou seja, neste texto, onde se lê PT, leríamos PSOL.
Estou conclamando todos a votarem em Dilma (13). Meu pedido é para aqueles que sonham com um país melhor; um futuro com menos exclusão. Um Brasil para a maioria dos brasileiros, sobretudo para a classe trabalhadora. E não somente um país de classes médias e altas.
Precisamos refletir, racionalmente, sobre a melhor opção a ser escolhida para alcançarmos este objetivo. Minha análise é que o Estado (no caso específico, o governo federal) é aquela entidade ou instituição que tem as condições reais de realizar isso, pois pode direcionar os esforços e recursos nacionais para as políticas públicas que gerem trabalho, renda e consumo. Temos que fortalecê-lo, para que possa fazer frente às poderosas instituições privadas ligadas ao grande capital, nacional ou internacional, que têm outros planos, no mínimo, para estes recursos.
Há quem pense diferente. Por exemplo, o DEM (ex-PDS, ex-PFL e herdeiro direto da UDN e da ARENA, que representam, historicamente, todo o tipo de atraso político e social deste país), aliado do PSDB de Serra e Fernando Henrique, acha que temos de deixar tudo nas mãos da iniciativa privada. É uma opção. Eu discordo dela; mas é uma opção. Podemos debater.
Tem muita gente boa, honesta e bem intencionada que vai votar no Serra, mas não sabe muito bem dizer o porquê. Quando perguntamos, temos algumas respostas do tipo: “sei lá”; “não vou com a cara da Dilma”; “ela é sapatão”; “simpatizo mais com o Serra”; etc. Eleição para decidir quem o quê vai governar uma nação, dirigir um país, não é uma eleição de “mis simpatia”. Os critérios de escolha, dentre outras coisas, precisam ser racionalmente objetivos e amplos em termos de política econômica e social; e não critérios subjetivos e abstratos, inspirado em um individualismo cheio de preconceitos. Mas por que as pessoas agem assim? Falta informação.
Para este aspecto, gostaria de falar da “classe média”, que dizem ser formadora de opinião. Muitos deste extrato social acreditam que sejam pessoas bem informadas; entretanto, os meios de comunicação que se utilizam para ficar “informados” (na verdade, a maioria das pessoas não vai ao encontro da informação; é o contrário), trabalham ou manejam estas informações com intuito de engendrar opiniões a quem, inadvertidamente, escuta-os despidos de senso crítico. E as opiniões engendradas são opiniões que interessam, muitas das vezes, às grandes empresas; já que estes veículos de mídia são grandes empresas capitalistas, e, como tais, têm seus interesses econômicos, e os defendem com unhas e dentes, não se iludam.
Falando mais claro, as grandes empresas capitalistas que dominam os veículos ou meios de comunicação (sobretudo jornais e TV), manipulam as informações para controlar o julgamento que a maioria das pessoas tem sobre as coisas que as cercam; isto é, procuram controlar, para proveito próprio, o senso comum – é o proveito privado daquilo que deveria ser de todos, ou pelo menos da maioria: A OPINIÃO PÚBLICA. Todos os casos de corrupção precisam, sim (!), ser denunciados; entretanto, por que não se falou, agora na época de campanha, que o Ministério Público Federal denunciou Yeda Crusius, governadora do Rio Grande do Sul pelo PSDB, por desvio de mais de 44 milhões do DETRAN daquele estado? Parece também que todo mundo esqueceu, por exemplo, que José Roberto Arruda é do DEM. Será que tais omissões têm motivações políticas?...
Existe, posso estar enganado, uma certa arrogância em alguns eleitores de Serra – aqueles, principalmente, de classe média e com um razoável nível de escolaridade –, quando afirmam que são contra a Dilma e, por isso, vão votar no tucano. Parecem acreditar, indubitavelmente, de que sua escolha é a mais sensata e a mais correta, não precisando, portanto, de maiores esclarecimentos. Um dia desses tive o seguinte diálogo com uma amiga professora:
“Você vai votar na Dilma?!” Disse ela, com certo ar de espanto e nojo.
E respondi serenamente: “Sim”. E emendei com a seguinte pergunta: “E você, vai votar em quem?”
A resposta: “No Serra, é claro!”
Retruquei: “Por que é claro?”
Nova resposta: “Ah!... Que pergunta!”
Insisti: “Por quê?”
“Porque sim, ora”
Não desisti: “Por que você vai votar no Serra?”
“Por que as pessoas inteligentes vão votar no Serra!”
“Por quê?” E como resposta definitiva só obtive risos.
É desta arrogância que falo; porém, trata-se de uma arrogância ou altivez desinformada; soa como uma presunção alienada. É isso. Muitos das chamadas “classes médias”, sem perceber, são manipulados por exatamente acreditarem que não são manipulados. E acham que não são manipulados porque acreditam, outrossim, que são bem informados; no entanto, quando se indaga sobre suas “informações” agem como não precisassem responder, porque o óbvio, segundo eles, já está subentendido – afinal, são pessoas de outro nível. Mas o quê, em verdade, está subentendido? Isso eles não sabem responder; logo, não são bem informados sobre as coisas, e quem não está bem informado pode ser manipulado. Posso estar generalizando, é claro; todavia, empiricamente, é isso que observo quando indago aos eleitores de Serra, que, além constatar que são de classe média e possuem, no mínimo, o 2º grau (o antigo Ensino Médio), não conseguem responder-me claramente sobre sua opção. Porém, há aqueles que sabem muito bem porque vão votar no Serra; obviamente são encontrados nas fileiras do DEM e do PSDB.
As classes populares, o povão, os trabalhadores. Estes, em sua maioria, quando dizem que vão votar em Dilma, sabem o porquê. Uns dizem que estão votando em Lula, pois de alguma maneira identificam, neste personagem, um conjunto de ações políticas e econômicas, de alcance popular e social, que têm mudado suas vidas para melhor, mesmo que minimamente (por exemplo, segundo o IBGE/DIEESE, só no período entre 01/02/09 a 31/12/2009, valendo, portanto, para janeiro de 2010, o salário mínimo teve um aumento real, ou seja, descontada a inflação, de 6,02% ); outros, de forma mais articulada em seus discursos, alegam que vão votar em Dilma porque o governo do Lula e do PT promoveram o PAC, o que gerou mais oportunidades para todos (15 milhões de emprego em oito anos já falam por si só); alguns, de forma mais pragmática, votam em Dilma porque dependem dos programas sociais criados pelo Governo Lula, como o Bolsa Família, entre outros. Quem não passa por dificuldades pode até argumentar, pertinentemente, que isso é paternalismo, que o importante é ensinar o homem a pescar e não simplesmente dá o peixe; mas vai dizer isso para quem passa fome. Ninguém melhor para falar de fome de quem realmente sente fome (segundo a FGV, no governo do PT, 14 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza, ou seja, deixaram de ser miseráveis ).
É desta maneira que os mais pobres entendem as coisas: sentindo na pele suas angústias, que são reais. Entendendo como boas as melhoras que alcançam etc. Ao contrário do que muitos pensam, traçam opiniões. São autores e atores de sua própria História. E isso não é um clichê do jargão de um professor de História; é a realidade. Em sua maioria, as pessoas mais pobres deste país (têm as exceções, é claro), fizeram sua escolha e podem mudar o país – na verdade já está mudando (não podemos é correr o risco de termos um retrocesso); está nas mãos deles. Por isso afirmam que vão votar em Dilma. E sabem dizer o porquê; da maneira deles, de uma forma mais simples, mas sabem dizer. O mesmo não percebo em pseudos intelectuais, cuja resposta para sua escolha não tem conteúdo explicativo algum – são monossilábicas; quando muito...
Voto em Dilma – repito – porque acredito que o PT, hoje, tem as condições de mudar este país, promover o progresso, o desenvolvimento, a industrialização, a justiça social etc. Mas deixemos de imitar a maioria dos eleitores de Serra e vamos aos números.
Existe uma famosa “fórmula” para se conseguir o aumento do indicie de emprego de uma nação, dada pelo economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946); que não era socialista e defendia o capitalismo. Suas teses consistiam, em síntese, em aumentar a participação do Estado na economia, regulando as ações econômicas da nação, com obras públicas e aprovando uma legislação trabalhista (a celebre e polêmica intervenção do Estado na economia). Com essas medidas, segundo Keynes, o nível de emprego e consumo aumentaria, impedindo as crises econômicas cíclicas do sistema capitalista. Keynes defendia um capitalismo um pouco mais racional, e por isso era odiado pelos liberais e hoje é odiado pelos neoliberais. Em certa medida, a política macroeconômica do PT no governo federal assemelha-se, em alguns aspectos, ao keynesianismo. E tem dado resultado. Além da geração de novos postos de emprego, pois o Estado nacional brasileiro, com o governo do PT, investiu, por exemplos, nos estaleiros (que estavam falidos), promoveu obras públicas com o PAC etc., e com isso fortaleceu as indústrias nacionais, onde se encontram boa parte dos nossos postos de empregos.
Abaixo, como ilustração de uns dos sintomas deste fortalecimento, reproduzimos um gráfico que demonstra, na relação do capital nacional com o capital internacional, a evolução dos investimentos das empresas estrangeiras, sediadas aqui, no exterior, e, ao contrário, o investimentos das empresas brasileiras sediadas no exterior aqui no Brasil. Com dados do Banco Central até 2007, percebemos que depois do governo de FHC/PSDB/DEM (1999-2002), ou seja, no governo do PT (2003-2010), diminuiu a remessa de lucros para o exterior das filiais das empresas estrangeiras aqui no Brasil; e no caso das empresas brasileiras sediadas fora do país, ocorreu o contrário, pois houve um aumento da remessa de recursos, destas empresas, do exterior para o Brasil – observemos o gráfico :

Já no que diz respeito ao mercado externo, um dos itens mais importantes da nossa pauta de exportações, a soja, e seus derivados, durante a gestão do PT na Presidência da República, teve um aumento significativo em suas, como indica dados da revista Valor Econômico.

Outra informação importante, que a meu ver pesa positivamente para a administração do Partido dos Trabalhadores, foi a evolução de nossa dívida pública externa – em relação a nossa dívida privada externa. No auge do governo neoliberal de Fernando Henrique – quando ocorreu a maioria das privatizações – houve, na 2ª metade da década de 90, uma grande fuga de capitais do Brasil, estourando em 1998 com uma baita de uma dívida externa, obrigando o Brasil a ir ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – até porque, aquele governo precisa socorrer os grandes grupos privados. Quando começa a governo de Luis Inácio, em janeiro de 2003, esta dívida estava galopando a passos largos, chegando ao seu pico em 2004; mas no ano seguinte ela despenca, ou seja, antes mesmo de acabar o 1º mandato. A política macro-econômica do governo petista estava correta. O Brasil no governo Lula não só liquidou sua dívida com o FMI, como também nos tornamos credores deste fundo internacional.

Procurei aqui expor algumas de minhas razões (não todas, diga-se de passagem) por ter escolhido votar no PT nestas eleições. Não se trata de uma escolha passional ou subjetiva; ela, ao contrário, é motivada por fundamentos, primeiramente, racionais e, em segundo lugar, éticos: um Brasil melhor, com crescimento econômico e desenvolvimento social. Se o Serra fosse de esquerda e defendesse a intervenção do Estado na economia, para que ele, o Estado, promovesse o desenvolvimento industrial, criando empregos e melhorando o padrão de vida dos brasileiros, eu votaria nele; e, ao contrário, se Dilma defendesse as privatizações, a saída do Estado da economia, como querem os liberais e grandes capitalistas, eu não votaria nela. Portanto, não é nada pessoal; é uma escolha fria, onde os prós e contra são pesados de maneira lógica. É esta a minha defesa: a lucidez. E, dando conta do primeiro parágrafo deste texto, esta é a minha racionalidade. Agora, e você, que tem outra opção (ou outra razão), que vai votar no tucano, quais as informações possui para que possamos discutir e dialogar democraticamente? Quem sabe, pode fazer-me mudar de opinião. Vamos ao debate?


Um abraço,

Professor Válter Mattos.

Brasil, Outubro de 2010.